As formas de tentar contornar e as fugas são infinitas. Os motivos também são muitos, pouca é a coragem para admiti-los. Remoer as questões, pensar, tentar achar um motivo, uma razão só travaram a escrita.
A pressão de tentar o melhor me consumiu. Saber que outras pessoas liam me fez querer agradá-las. Só faz sentido escrever pra mim, só eu fico desapontada, só eu preciso encarar as minhas besteiras. As minhas inúmeras inseguranças, abertas, expostas, óbvias em cada palavra que eu escrevo, em cada texto, me deixando vulnerável a cada pessoa que possa estar atenta. Infelizmente não sei escrever sem me doar, sem me colocar no papel.
Nas minhas fugas, tentei escrever sobre os outros, sobre sentimentos alheios, testei outros horários, mudei meu ambiente, busquei inspiração no cenário, achei que a solução poderia ser a estética na produção, nada disso funcionou.
Nas minhas tentativas eu percebi que só escrevo para combater os meus medos e fugir deles é o mesmo que me bloquear.
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