segunda-feira, 31 de maio de 2010

O meu grande amor

Ele disse que somos quase a mesma pessoa.

Não concordo.

Se existisse outra pessoa igual a ele o mundo seria perfeito.

Mas eu fico orgulhosa de estarmos tão entrelaçados a ponto de ter acesso total aos seus pensamentos, assim como é só pra ele que todos os cantos da minha mente são acessíveis.

Ele tem todo o amor que eu posso dar, que é muito menos do que ele merece.

E ele é feito só de dar amor.


“Você, pra mim, mostrou
Que eu não sou sozinho nesse mundo.”

A espera do inesperado

É muito frustrante viver um padrão, pelo menos pra mim.
Eu que nos últimos anos me acostumei a ter noite (raramente dias) fora de tudo que eu tivesse planejado.
Eu traçava planos, saia de casa com uma idéia na mente, e acontecia tudo diferente, ou ia muito além dos meus planos.
Acostumei-me a esperar o inesperado, me acostumei com a idéia de que cada ocasião traria o novo e o louco, até que se tornou uma necessidade.
E hoje só há uma palavra pra descrever como eu me sinto: frustrada.
Não agüentei ouvir os mesmo discursos, ver as mesmas coisas, sentir só o morno. Por favor, me surpreendam!
O meu vício é o novo, novas experiências, novas sensações. Essa crise de abstinência está me matando.
Já forcei muitas situações para suprir esse meu vício, mas e quando não há mais situações para serem forçadas?
Só me resta essa participação quase apática da vida, e uma demonstração mínima do que eu posso ser.

sensações do dia 21/05/2010

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Todas as cores

Vem, pode entrar!

Você vai gostar da minha casa, tudo aqui é branco, como deve ser.

As paredes são brancas, os móveis são brancos, olhe meu quarto, perfeitamente alvo, como o seu.

O que fica preto eu jogo logo fora, e o cinza você sabe muito bem que não existe.

Essa porta? É um quartinho, está muito bagunçado, não entra não!

Não!

Eu avisei...

Como assim o que é isso? É o que você está vendo... tudo nesse quarto é colorido.

Nã o adianta mais fingir que não vê, eu tentei evitar essa situação, nem todos estão prontos para isso, ainda mais você que nem o cinza consegue ver, tem a certeza de que é tudo preto e branco.

Eu já esperava essa reação, nem todos conseguem lidar com a existência de outras cores, mas acredite elas estão em todos os lugares, dentro da casa de muita gente, até de quem você não imagina. A sua casa é cheia de tons de cinza, você que não vê.

Como eu sei disso? Quando a gente treina o olhar consegue ver todas as outras cores, elas estão na sua frente, mas você se recusa a ver. Olha pra mim! De que cor eu sou?

Não! Eu sou vermelha. Um dia você entenderá o que isso significa. Um dia você verá como eu sou realmente.

Não fuja!

Se você se permitisse teria uma cor tão bonita...

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Voltar

Acho mesmo que eu deveria voltar a escrever. Não é isso que eu gosto de fazer? Não valorizo tanto as palavras? Se me emociono com o que leio também devo me emocionar ao escrever.

É difícil voltar, me falta a prática, me falta inspiração, até um pouco de técnica (que já não era das melhores) me falta. A minha volta vai além dessas faltas, falta a coragem de me expor. O que eu escrevo é tão pessoal, é tão profundo, que eu tenho medo de me revelar. O que me restará de privacidade se meus pensamentos forem abertos? Se eu não deixar nenhum suspense ninguém terá curiosidade sobre mim.

Apesar do medo voltarei! Por hora não vou mostrar o que escrevo. Vou esperar que meu material fique bom, vou espera ficar satisfeita com o que eu escrevo. Vou esperar um pouco mais de mim.

Texto escrito por mim em agosto de 2009, hoje eu decidi que estou pronta pra mostrar.