quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Andar

Essa minha mania começou de um jeito bem comum, na verdade por um motivo bem... vulgar. Em festas, eventos, reuniões sociais de qualquer ordem, eu me separava do grupo para “reconhecer o ambiente”, o que é uma expressão legal para “identificar os caras mais interessantes do lugar”, e era algo que eu queria fazer sozinha, no meu ritmo e com atenção. De repente eu deixei de olhar apenas para os caras, eu olhava para os grupos de pessoas, para o ambiente, para tudo. Ficava observando as interações acontecendo, as pessoas se movendo e tudo aquilo me fazia entrar em contato com a energia do lugar. Até que mais uma vez mudou o meu objetivo, o ato em si passou a ser o foco principal. Passei a andar por andar. Observando meu pé, o chão, o teto, de olho fechado, sem me preocupar para o que olhava, sem me preocupar para onde estava indo. Assim, a cada passo aprendi a valorizar estar comigo em um ambiente cheio de outras pessoas, e aprendi a voltar, valorizando as pessoas que estavam comigo.

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